quinta-feira, 10 de março de 2011

Que crianças estamos criando?


Por Márcia Pergameni
Imagem retirada do Google

Estava lendo o post da Paloma e pensando também no que a Nat escreveu sobre Mulher e Trabalho.

A Paloma disse muito do que tenho vontade de fazer mas não tenho coragem, e todas nós sabemos porque.

Fui pesquisar então a dica de livro que ela leu, “A Criança Terceirizada”.

Encontrei essa entrevista com o autor, o Pediatra José Martins Filho e continuo refletindo bastante.

Ontem, quarta feira de cinzas, quando tive que sair de casa pra trabalhar e deixar o Antonio com a minha vizinha foi de cortar o coração. Ele gritava horrores, chorava muito. A Cecília veio comigo. Então antes de sair, passei lá, peguei-o no colo, embalei, dei almoço. Mas ele continuava sentido e soluçando.

Qual mãe não ficaria com o coração partido???


José Martins Filho: Não. Tanto que muitos pais ausentes são dominados pelos filhos de 2 ou 3 anos. Sentem uma culpa enorme pela ausência e, quando ficam junto da criança, tentam compensá-la dizendo sim a tudo. Também é freqüente o que eu chamo de estilo "geléia com pimenta". Os pais são permissivos e os pequenos começam a testar os limites. Como não há regras claras, eles extrapolam até o adulto perder o controle e mostrar seu lado pimenta. Aí, os pais explodem, gritam, ameaçam, partem para o castigo físico. Depois se arrependem e voltam à forma doce e mole. Essa gangorra emocional é sempre terrível e favorece a formação de adultos que se julgam onipotentes. Outro efeito negativo da terceirização diz respeito à colocação de limites. Avós, babás, professores, empregadas podem cuidar, mas eles não têm plena autoridade e, muitas vezes, seus valores não coincidem com os da família. Pais que amam impõem limites e ensinam a respeitar os outros desde cedo.”

Esta é só parte da entrevista do pediatra. Agora estou em busca do livro para ler e estudar as possibilidades!

3 comentários:

´´CROCHE LILAS´´ disse...

´´*OLA AMIGA,TUDO BEM COM VC?AMO ESSE SEU BLOG A MAMAE CHEGOU SUPER IPER LEGAL,PARABENS PELA INICIATIVA DE MONTAR UM BLOG ASSIM.EU TENHO UMA FILHINHA DE 6 ANOS E TRABALHO TAMBEM,MAS COMO EU TENHO UMA DISTRIBUIDORA DE CATALOGOS ENTÃO FICA MAIS FACIL DEU CUIDAR DELA,MAS DOI MUITO DEIXA-LA E SAIR PARA O TRABALHO.ADIEI O MAXIMO DE TEMPO PARA COLOCAR ELA NA ESCOLA,MAS CHEGOU UM DIA QUE NÃO TEVE JEITO TEVE QUE IR,MEU CORAÇÃO FICOU EM PEDAÇOS,PEDIA MUITA A DEUS PARA ME PREPARAR NA HORA DELA IR PARA A ESCOLA,E ELE ME PREPAROU E HOJE PRA MIM É NORMAL DEIXO ELA NA PORTA DA ESCOLA E VOLTO PRA CASA,DEPOIS VOU BUSCA-LA.BEIJOS E FICA COM DEUS.´´*

Natascha Fernandes disse...

Meninas, por mais que seja um pouco cruel deixarmos os filhotes na escola ou na creche, ainda mais nos primeiros dias, que não conhecemos quem cuidara dos nossos anjos e em falar o quanto de possibilidade ruins que ficamos pensando por não estarmos acompanhando dia-a-dia dos baby´s, mesmo diante dos contras acho que extremamente importante a experiência das criança de passar por uma creche ou escola, acho que contribui muito com o desenvolvimento deles, o meu anjinho fica em casa o dia inteiro e quando encontra uma criança acaba sendo grossinho, como ele não convive com crianças ele fica todo alvoroçado, e empolga muito, entre outras facilitações que acho muito apropriadas para o dia-a-dia, mais é claro que tem os outros contras, que ficam para um post futuro!
Bjs!!

Fabi Borges disse...

Bom, com o meu primeiro filho foi uma maravilha. Eu tinha uma escola infantil e quando ele tinha 20 dias voltei a trabalhar. Não nasci pra ficar em casa! Lá era tudo de bom, foi uma benção. eu ficava com ele literalmente 24 horas por dia. Com a segunda eu trabalhava fora, mas na epoca eu trabalhava por 4:30 hs e ela ficava com meus pais. Eu a deixava dormindo e qdo chegava ela já estava no banho, tinha acabado de acordar. Era muito bom. Hj continuo trabalhando meio periodo, por sorte trabalho no mesmo horario que eles estudam, pq escola é obrigatorio, eu tudo dá certo. Mas me lembro bem da epoca que eu tinha escola. Muitas vezes a criança ficava comigo 12 horas por dia e qdo a mãe chegava tinha a cara d epau de dizer se a criança ja tinha tomado banho, jantado pq ia chegar em casa e por na cama, pq nao estava boa e nao tinha saco pra olhá-la. Era um absurdo. Ai depois recompensa comprando coisas. É o fim do mundo!!!!