terça-feira, 12 de abril de 2011

Mordidas - Em quem dói mais?

Imagem retirada do Google
Por Marcia Pergameni
Tema do Post sugerido pela amiga mãe Ana Bananna

Olá meninas!!!!
Ando tão concentrada na festa do Antonio que não consigo parar para escrever. E vou confessar, ando viciada no Twitter. Aí fico horas lá!!!

Mas vamos ao assunto que eu quero falar hoje. Dia desses a Cecília chegou em casa dizendo que "biicou" (beliscou) a coleguinha porque a coleguinha também a beliscou. Fiquei tão consternada daqui do trabalho, acho que fui até grosseira com a @Tatianapassagem no Twitter, desculpa amiga!!

Fiquei pensando cadê a professora? O que foi feito?? nada.
Quando cheguei em casa ela falou apenas que biicou e pronto.

Algumas vezes lá em casa já presenciei a Cecília, depois de um leve empurrão, levando a boquinha no irmão para mordê-lo. Ai meu Deus!!! 
O que eu faço???? Primeiro digo a ela que não pode morder porque machuca. E faço com que peça desculpa (dipupa) ao irmão. Algumas vezes ela demora a pedir desculpas, mas pede. Diz que ama e não vai mais morder.
Outra coisa importante é quando a Cecília quer morder o Antonio pra pegar dele o brinquedo ou livro que ele está na mão. Além do que falei acima também não permito que ela fique com o que estava com o irmão, senão ela terá a sensação de que se morder pode ter aquilo que deseja. 

Nós mães sabemos que ver seu filho morder ou ser mordido é  doloroso. 
E não é fácil aprender a lidar com isso.

"Fortalecê-la, porém, não é incentivar o revide, o que ocorre com freqüência com alguns pais pelo receio de que seu filho se torne um sujeito passivo diante da vida. É preciso lembrar que o adulto não deve oferecer um modelo agressivo sob pena de fixar o ambiente hostil que está rondando os primeiros relacionamentos da criança. Por mais que seja sofrido ver o filho marcado por um colega, evite o rancor, pois a criança que morde não é má, e seus pais sofrem muito temendo que ela seja discriminada pela turminha e pelos outros pais." (Nossa Escola) 

Eu entendo que para a criança não deve ser fácil. Tinha toda a atenção em casa. De repente, chega na escola, em um ambiente onde divide a atenção do professor com mais alguns colegas. E pra marcar o seu espaço  estabelece a mordida como meio de comunicação.
Algo que eu acredito favorecer a "criança moderdora" é o fato dos pais e familiares (eu) brincar de morder a criança. Ela não entende que é uma brincadeira e pode s tornar agressiva depois. 

"Um grande problema que temos presenciado comumente entre as famílias, são os pais brincando com os filhos usando a boca, dando pequenas mordidas nos mesmos, fazendo barulhos, etc. Essas atitudes não são erradas, mas podem confundir as crianças, que reportam para outras crianças as mesmas brincadeiras, porém podendo machucá-las, já que ainda não possuem domínio da força da mandíbula. As famílias devem seconscientizar que essas brincadeiras, apesar de trazerem sentimentos positivos, podem causar atitudes de agressividade na criança, que ainda não controla seus impulsos e não sabe distinguir o certo e o errado." (Mundinho da Criança)

Jamais incentive seu filho a revidar a uma mordida com um gesto igual. Morder faz parte do desenvolvimento infantil, uma vez que a criança desenvolve assim que nasce a sucção, no ato de mamar. É importante não rotular a criança.
Não esqueçam: crianças se espelham no que fazemos. se ela te ver mordendo vai achar normal morder, se ela te ver colocando nomes e apelidos em alguém vai fazer igual. Ela precisa da convivência com outras crianças pra aprender os limites.

O que você faz quando seu filho morde um colega na escola ou o irmão?
Seu filho já foi mordido na escola?? O que você fez?? A Escola te avisou??
Conta pra gente.

Quer ler mais sobre o assunto??

4 comentários:

Natascha Fernandes disse...

Gente como estou sumida, mais ñ perdida...rss tenho visto sempre os post´s, esse assunto q a Márcia postou é realmente muito delicado, por enquanto ñ passei por isso apesar de já estar esperando isso por parte do Luiz, ñ digo nem de morder mais de bater, por ele ñ ter um convívio constante com criança acho ele muito estabanado e quando se reúne com várias como é o que acontece na escola fica empolgado demais, aí já viu, o brinquedo do amigo é mais legal, que sentar na cadeira do outro e por aí vai. Não acho certo essas atitudes dele, e quando estamos juntos tento corrigir o máximo possível e muito também me corrigir é claro, tínhamos essa brincadeira de dar mordidinhas no baby e ele se acabava na risada, até começar a se transformar em lágrimas, ele passou a nos morder e claro sem noção a machucar, então passamos a adverti-lo e tbm a ñ fazer-mos mais, a princípio resultou, espero não receber nenhum recadinho da escola dizendo sobre os maus hábitos que o Luiz desenvolveu!!rssss

Ateliê Ana Bananna disse...

Flor.

Adorei o post, o Rafa entrou na escola com 1 ano e 4 meses e já voltou mordido pra casa algumas vezes, numa ocasião ele levou três mordidas no braço, uma do lado da outra, fiquei muito brava, pô três mordidas e ninguém viu!
Depois apareceu com mais algumas e nada da situação mudar.
Aí há alguns dias ele veio com uma mega mordida na barriga, veio me mostrando o dodói, falando quem foi e que ele chorou muito.

Nossa fiquei muito brava, reclamei na escola, falei que se continuasse assim eu não aceitaria mais e que teria uma conversa séria com o pai do menino, meu marido tava revoltado.

Cheguei no momento da raiva a falar para o Rafa empurrar o menino se ele fizesse de novo, mas depois expliquei que fazer isso também era errado.

Entendo as fases das crianças e sei que cada uma reage de uma maneira com a descobertas de novas coisas, mas a responsabilidade da escola sobre as crianças com esse perfil deve ser muito maior, infelizmente eles não podem dar moleza e devem ficar em cima de crianças com esse comportamento.

Beijos amiga e parabéns.

Débora Tolardo disse...

Adoro este blog!!! Todos os assuntos são muito interessantes e uma realidade em nossas vidas de mães...Parabéns!!!
Tem selinho duplo para você nos meus dois blogues, espero que goste, rsrs...
Beijinhos e fica com Deus.

Débora Tolardo
http://artesmisturadas.blogspot.com/
http://mariakakareko.blogspot.com/

Paula Li disse...

Eu não tenho filhos, mas já tive creche. Faz muuito tempo mais ainda me lembro de um menino de cerca de 1 ano que mordia para valer.
Nós sempre contavámos aos pais, tanto do mordedor quanto do mordido e era muito constrangedor, como se fossêmos incapazes.
E ele só mordia crianças, adultos nunca, nem se incentivado.
Bjs