segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Mãe Perfeita.

Você que é mãe e está sempre procurando algo sobre o assunto pra ler, na semana passada deve ter percebido a enxurrada de posts na blogsfera materna sobre um assunto que chamou a atenção: “A mãe perfeita é um mito”, reportagem que saiu na Veja daquela semana da filósofa Elisabeth Badinter.

Badinter deu uma entrevista polêmica, onde diz, que “Movidos por ideologias, as mais variadas, feministas, ecologistas e os intelectuais que eu combato tratam de sedimentar no caldo cultural do século XXI a idéia de que, uma vez mãe, a mulher deve enquadrar-se em um modelo único, obedecendo a dogmas que, de tão atrasados, sepultam os avanços mais básicos trazidos pela industrialização.Estou falando de pessoas que torcem o nariz paea as cesarianas e chegam a fazer apologia do parto sem anestesia, sob o argumento de que há beleza no sacrifício feito em nome dos filhos já no primeiro ato. Demonizam o uso da mamadeira e até o da fralda descartável….”

Bem polêmico não? Eu sempre achei que teria parto normal, mas a cesária pra mim foi o melhor. por indicação médica e também porque não suportaria tmanha dor. E as fraldas de pano?? Acho um charme as que estão sendo lançadas agora, mas me lembro muito bem da minha irmã mais nova. Minha mãe lavava no tanque aquele monte de pano sujo de cocô. Afffff

Vamos combinar que hoje a fralda descartável ajuda e otimiza o tempo de nós, mães e mulheres, que temos jornada dupla, tripa… Imagina, você chegando em casa depois de um dia de trabalho e, ao invés de encher seus filhos de carinho, tem que ir lá tirar o cocô das fraldas, lavar aquele monte de pano….. Fralda de pano lá em casa somente decorada pra sair com as crianças e limpar a boca, as mãos…

Podiam inventar uma fralda descartável que agredisse menos o meio ambiente não é??

Em outro trecho ela diz “Certas feministas politizam a maternidade e acabam exercendo uma enorme pressão sobre as mães que buscam a perfeição. estão contribuindo com isso para que elas regressem ao lar – um atraso… diante de tamanha pressão, muitas mulheres acabam deixando o mercado de trabalho no afã de atender às demandas que recaem sobre elas…”

Rá! Você pensou o que eu pensei??? Tudo bem, eu tenho um desejo enorme de não trabalhar fora por um período pra ter tempo com os pequenos. Porque algumas horas a noite é um castigo!! O tempo é tão curtinho…E passa num piscar de olhos. Eu sei, emprego está dificil e blá blá blá… Mas devemos pensar em fazer aquilo que nos deixa felizes. E pa ser feliz precisamos fazer escolhas.

Muitas mulheres desistem de se tornarem mães por serem acometidas de tantas exigências. E se… E se… E outras que atendem ao desejo de seus familiares, e não seu desejo de ser mãe, se tornam mães “impacientes, frustadas e medíocres”.

“Algumas mães podem deixar o emprego em nome dos filhos e ficar perfeitamente contentes com essa opção. Outras não. Chama muito minha atenção ver mulheres com expressão vazia enquanto cuidam de seus filhos nas praças e jardins. Fico me perguntando: qual é o problema de reconhecer que não querem passar o dia inteiro com seus filhos? Acham que significa amá-los menos”.

Amar não significa ficar as 24h do dia ao lado do seu filho. Você pode ser perfeitamente feliz trabalhando fora ou não, em seu home office enquanto seus filhos estudam. Mas enquanto são pequenos, qual a sua escolha?

Somos referência para os nossos pequenos. Intelectual, emocional, afetiva.. Por isso boas escolhas são também um alento para nós. Devemos seguir aquilo o que achamos que é melhor pra nós e não o que acham que pode ser melhor pra nós.

As feministas que me desculpem, mas eu fiz cesarea e se puder escolher sempre optarei por ela. Não uso fraldas de pano. E se pudesse, estaria agora em casa brincando de xuxubol* com a Cecília e o Antonio.

Você quer saber mais sobre o assunto, olha o que rolou:

Jornal Português

Paperblog

Mamãe tá ocupada

Feministas 100 fronteiras

Milena Lhano

Mãe Geek

Blog Desabafo de mãe

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