Que tal um pic-nic??

Que tal fazer um piquenique em família?

Fabi Borges

Quando eu era pequena, minha mãe não trabalhava e meu pai trabalhava muito. 

Quase não o víamos. Mas ao contrario dos pais modernos, meu pai procurava suprir esta ausência com passeios familiares, ao invés de comprar presentes, coisas caras, mesmo porque não havia condições financeiras para tal.

Meu pai programava o passeio e minha mãe, uma cozinheira de mão cheia preparava tudo. Eu me lembro da cesta de piquenique:era de vime, bem grande, tinha que ser, éramos seis. E sempre tinha coisas gostosas. Íamos ao Parque do Carmo, Clube do Corinthians. Ai que saudades. Esta é a maior recordação da minha infância. Mais vale a qualidade do que muitas vezes a quantidade.

Quando me casei, meu marido por “n” motivos não teve uma infância como a minha. Então percebi que eu deveria dar um jeito nisso. Pelo menos, pensamos igual na questão de “fazermos tudo e qualquer coisa em família”.

Na minha cidade, até então, havia apenas uma loja que vendia coisas de vime. Eu namorava há tempos uma cesta de piquenique igual da minha infância. Um belo dia, passando por lá, não resisti. Comprei. Fui até a loja de tecido, comprei o xadrez vermelho – LINDO! Minha mãe fez a toalha e iupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii Fomos ao nosso primeiro piquenique.

Gente, vocês não acreditam: os olhinhos dos três brilhavam. Era uma alegria. Foi maravilhoso. Rechiei a cesta com tudo o que eles gostam. Brincamos, corremos, cantamos. Passamos a melhor tarde de nossas vidas.

E o resultado: família 100% unida, alegre, feliz e pronta para outro piquenique.

Sempre fazemos, mudamos o local. O tempo não atrapalha, o importante é estarmos juntos.

E hoje agradeço meus pais pela minha infância. Tempos ruins tivemos, claro. Somos normais! Mas sabe que não me lembro?!

E vocês, o que fizeram de maravilhoso com sua família e que sempre pedem Bis?